sábado, 20 de outubro de 2007

A Brinquedoteca na Visão Psicopedagógica

A criação de espaços onde se permite que crianças de 0 a 6 anos possam se desenvolver através de situações de aprendizagem significativas.

O termo “espaço”, comumente, refere-se ao espaço físico, ou seja, aos locais para atividade, caracterizados pelos objetos, pelos materiais didáticos, pelo mobiliário, pela decoração.Encontramos o termo “ambiente” referindo-se ao conjunto do espaço físico e às relações interpessoais entre crianças, entre crianças e adultos, entre crianças e a sociedade em seu conjunto
O educador descobre que a organização dos elementos,


no espaço físico da sala de aula, deve ser feita de tal forma que facilite o acesso à criança e crie experiências significativas, atraindo seu interesse, oferecendo informações, e estimulando o emprego de destrezas, comunicando limites e expectativas.
As crianças ou usuários dos espaços são os verdadeiros protagonistas da sua aprendizagem, na vivência ativa com outras pessoas e objetos, o que possibilita descobertas pessoais num espaço onde será realizado um trabalho, individualmente ou em pequenos grupos.Aí serão colocados materiais diversificados, que traduzirão a visão da criança, do mundo e das idéias de educação que se pretende desenvolver.
A organização dos espaços na escola depende de fatores relativos ao:
Âmbito pessoal (critérios de organização, necessidades da criança, do educador) e;
Âmbito contextual (condições climáticos-lugares frios ou quentes, lugares de muita ou pouca chuva, recursos naturais e /ou artificiais no próprio ambiente ou em seus arredores, plantas, pedras, fábricas, supermercados, etc.)
Este é o caso do espaço denominado brinquedoteca, onde a variedade de matérias e sua organização sempre à disposição da exploração e manuseio, assim como a segurança , bem-estar e sensação de acolhimento possibilitam a sua utilização autônoma.Brinquedos e brincadeiras convivem em harmonia com as necessidades de afeto, de alegria, de amor e conhecimento.
As crianças aprendem através do brincar sendo, portanto, necessário prove-las de brinquedos adequados a suas reais necessidades.A biranquedoteca pode ser utilizada como um espaço para o preparo educativo da família.
Podemos observar também que esses grupos tem em comum a defesa do direito de a criança brincar e o reconhecimento do valor das atividades lúdicas visando sempre o seu desenvolvimento tendo ao mesmo tempo a preocupação de preservar a qualidade do brinquedo.
Brinquedo= objeto com que se entretêm as crianças;
Brincar= divertir-se com, gracejar;
Lúdico= divertido, engraçado, recreativo;
Ludo = jogo, brinquedo, passatempo;
Jogo = divertimento que produz alegria, passatempo, distração, esporte, exercício, baralho;
Jogar = divertimento, brincadeira, arremessar, lançar, atirar, arriscar a sorte, tomar parte de um jogo num esporte, num divertimento.


Alicia Fernandez diz:
“O saber se constrói... fazendo próprio o conhecimento do outro e a operação de fazer próprio conhecimento do outro só se pode fazer jogando.Aí encontramos uma das interseções entre o aprender e o jogar”(1990).
Pessoas quando colocadas frente a situações de aprendizagem apresentam modos, jeitos, diferentes de se apropriarem do conhecimento aqui estão a que estão sendo submetidas.
Em 20 de Dezembro de 1996, entrou em vigor no Brasil a Lei 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Nessa Lei, vemos que a educação escolar compõem-se de educação básica e educação superior.A educação básica é formada por educação infantil, ensino fundamental e ensino médio (art 21).
Onde aponta que a educação infantil é o desenvolvimento integral da criança complementando a ação da família e da comunidade.
O Ministério da Educação e do Desporto com a extensão de auxiliar os profissionais em educação infantil elaborou os Referencias Curriculares Nacionais (R.C.N) com a intenção “de que sirvam como guia de reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira”(1998:8).
O brincar, jogos e brincadeiras constam como recursos necessários na construção da identidade da autonomia infantil e das diferentes linguagens das crianças(verbais e não verbais).
Estávamos num espaço onde os brinquedos eram organizados em cantos temáticos estimulando a livre expressão, a saber: o faz-de-conta (onde tínhamos os espelhos, fantasias, pulseiras, colares, perucas, sapatos...), o canto musical (pianinho, pandeiro, chocalho e etc), o canto da leitura (gibis, livros), o das letras(escrito das crianças e o abecedário), o dos números (jogos envolvendo símbolos numéricos e a reta numerada), jogos livres(o que as crianças julgavam assim, não os identificando com nenhum item anterior) e o super mercado(latinhas de comida, frutas, bebidas).
As brincadeiras que compõe o repertório infantil variam conforme a cultura nacional, apresentam-se como oportunidades privilegiadas para o desenvolvimento infantil...Sendo uma ação que ocorre num plano da imaginação que tem o domínio da linguagem simbólica, propiciando auto-estima da criança auxiliando a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa bem como a resolução de problemas.
O papel do educador é muito importante , pois possibilita organizar este espaço respeitando o desempenho das crianças participando junto com elas.
Essa intervenção deve funcionar não como invasão, mas como parceria, compartilhando o momento através de perguntas, ações que forneçam a solução de problemas vividos, a consciência de si e do ambiente.
“Sala da felicidade, sala das brincadeiras, sala da alegria, brinquedoteca”.
Lidar com essa Sala da felicidade exige o conhecimento de como a criança aprende de como o adulto aprende, e de como foi o seu jeito de brincar durante seu percurso de vida.
Saber brincar significa socializar-se com as pessoas, comunicar-se com a realidade, garantir trocas, negociar sentimentos, conflitos, aceitar-se aprender a gostar de si mesmo apesar das diferenças.É o inicio de uma longa caminhada onde a solidariedade, o lidar com o limite sem medo de forma espontânea se tornam alavanca para um trabalho de qualidade.

Um comentário:

PSICOPEDAGOGIA disse...

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