quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Teorias de Aprendizagem de Vygotsky

Vygotsky destaca o papel do contexto histórico e cultural nos processos de desenvolvimento e aprendizagem, sendo chamado de sociointeracionista.

Enfoca os fatores biológicos e sociais do desenvolvimento psicológico - dupla natureza do ser humano - membro de uma espécie biológica que se desenvolve no interior de um grupo cultural.

Destaca as contribuições da cultura, da interação social e a dimensão histórica do desenvolvimento mental.

Vygotsky rejeitou, a idéia de funções mentais fixas e imutáveis, trabalhando com a noção do cérebro como um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual.






Para a solução de um determinado problema existem diferentes rotas, que mobilizará
diferentes partes de seu aparato cognitivo e, portanto de seu funcionamento cerebral.





terça-feira, 23 de outubro de 2007

Introdução

A idéia de pesquisar o lúdico surgiu através da necessidade que sentimos em conhecer como utilizá-lo no processo de aprendizagem e, no desejo de renovação das práticas escolares. A intenção de trazer um método de ensino prazeroso para a criança e buscar atividades em que todos os alunos participassem. Nos motivamos pelo fato de acreditarmos que a brincadeira facilite a aprendizagem e desenvolva a capacidade criadora e cognitiva da criança e ao mesmo tempo estaremos propiciando um momento de prazer infantil que muitas crianças não disponibilizam. Este trabalho nos motivará a buscar novas metodologias em nossa prática docente. Daremos ênfase à importância da brinquedoteca nos espaços escolares, pois acreditamos ser este um espaço fundamental para a prática docente na busca pelo desenvolvimento autônomo da criança. As crianças sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio e na interação com o meio constroem conhecimentos e podem se desenvolver através de situações de aprendizagens significativas. Para a criança, o espaço é o que sente, o que vê, o que faz nele. O ambiente envia mensagens e os que aprendem respondem a elas. A organização dos espaços na escola depende de fatores pessoais, que é o critério de organização de acordo com as necessidades da criança e do educador e contextual, que são as condições climáticas e os recursos naturais ou artificiais como: plantas, fábricas, etc. Na escola é preciso ter além de espaços específicos para aula, espaços de uso comum, como pátio, refeitório, biblioteca, onde as crianças possam realizar atividades que em outros locais não teriam condições de fazê-lo, que é o caso da brinquedoteca, onde a variedade de materiais e a forma como estão organizados para que a criança possa explorar e manusear, ela também deve sentir-se bem, segura e acolhida para que possa utilizar os objetos de forma autônoma.
Brinquedos e brincadeiras convivem em harmonia com as necessidades de afeto, alegria, amor e de conhecimento.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Desenvolvimento da Autonomia Moral

1ª Fase: ANOMIA

  • Não existe noção de certo ou errado. A criança não é capaz de obedecer regras.
  • Sentimento e afeto - necessários à constituição futura do respeito.

2ª Fase: HETERONOMIA

  • Surgimento do respeito às regras ditadas pelos que têm autoridade.
  • O certo e o errado está subordinado ao que o adulto julga melhor ou pior.
  • Moral de obediência.

3ª Fase: AUTONOMIA

  • Respeito mútuo
  • Exercícios de cooperação na convivência em grupo
  • Constrói e coordena relações a partir da vivência das leis de reciprocidade.

Cabe ao professor avaliar em que estágio do desenvolvimento da Autonomia Moral o aluno se encontra e propor jogos e brincadeiras motivadoras na construção de sua autonomia.

Conseqüências Pedagógicas da Teoria de Piaget:



Dos estudos de Piaget podemos inferir alguns pressupostos pedagógicos e diretrizes para ação docente:

  • Respeitar as características de cada etapa do desenvolvimento, e considerar os interesses de cada fase, estimulando a atividade funcional, isto é, a atividade natural do indivíduo. Os estudos experimentais de Piaget permitem ao professor indicar o estágio em uma criança está atuando e , ao mesmo tempo, lhe mostram o que esperar dos alunos nos diferentes estágios de desenvolvimento.
  • Propor atividades desafiadoras, organizadas sob a forma de situações-problema, que estimulem a reflexão e a descoberta por parte dos alunos, contribuindo para ampliar seus esquemas mentais de pensamento. As atividades desafiadoras acionam e mobilizam os esquemas cognitivos de forma a levar o educando a observar, comparar, identificar, diferenciar, classificar, seriar, localizar no tempo e espaço, descrever, explicar, coletar e analisar dados, sintetizar, propor e comprovar hipóteses, concluir, deduzir, conceituar, interpretar, escolher e justificar as escolhas feitas, avaliar e julgar.
  • Utilizar métodos ativos de ensino-aprendizagem, de forma a ativar os esquemas mentais e estimular o pensamento, ampliando as estruturas cognitivas. Métodos ativos são aqueles que dão especial relevo à solução de problemas, à pesquisa, à experimentação, Pás atividades de manipulação e construção e ao trabalho em grupo, permitindo que o conhecimento não seja apenas transmitido, mas reinventado ou reconstruído pelo aluno. A verdadeira aprendizagem, a mais duradoura, ao é produto de um ensino meramente verbal ou gráfico. Ela decorre quando se apela sistematicamente para a atividade do aluno, dando-lhe oportunidade de atuar diretamente sobre os objetos, manipulando, construindo, pesquisando e experimentando.
  • Prover a sala de aula de materiais variados que o aluno posso ver, tocar e manipular, tendo em vista a resolução de problemas.
  • Proporcionar aos alunos situações nas quais tenham possibilidade de manipular objetos concretos, aplicando seus esquemas mentais à situações reais (tendo em vista uma maior compreensão da realidade) e exercitando as operações concretas. Portanto para tornar a aprendizagem mais significativa, recomenda-se a manipulação de objetos concretos na solução de problemas. Os objetos a serem utilizados para concretizar o exercício operatório podem ser bem simples, como botões, canudos, copinhos plásticos, figuras geométricas, ou material de sucata, como pedrinhas, conchas, palitos de sorvete, garrafinhas plásticas, chapinhas ou tampas de garrafa, barbante, etc.
  • Utilizar o jogo como recurso útil para a aprendizagem, pois as crianças tendem a concentrar sua atenção e a trabalhar mais intensamente, mantendo seu nível de esforço, quando estão envolvidas nesse tipo de atividade. O jogo corresponde ao impulso natural da criança e é capaz de absorve-la de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que torna o jogo uma atividade como forte teor motivacional, capaz de gerar na criança um estado de vibração e euforia. Além disso, a situação de jogo mobiliza os esquemas mentais pois, sendo uma atividade física e mental, ele aciona e ativa as funções psiconeurológicas e a importância do jogo no desenvolvimento intelectual, e afirma que ele contribui também para o desenvolvimento moral e social. Por isso, o jogo deve ser usado como um recurso para facilitar a aprendizagem, contribuindo tanto para o desenvolvimento cognitivo como moral e social.
  • Fazer com que a interação social e a linguagem tenham um lugar proeminente na programação diária de ensino, estimulando a interação verbal entre os alunos e promovendo atividades de grupo que envolvam cooperação e troca de idéias. Por exemplo, projetos de grupo, resolução de problemas em grupo, desempenho de papéis, jogo dramático e debate em classe. Para Piaget, o convívio grupal ajuda o desenvolvimento das estruturas cognitivas, pois oferece a oportunidade para que cada um compare seus pontos de vista com os dos outros, percebendo que objetos ou acontecimentos podem ser vistos ou interpretados sob perspectivas diferentes. Assim, a convivência grupal estimula a reversibilidade do pensamento e a reciprocidade no tratamento mútuo, contribuindo para a passagem da heteronomia para a autonomia. Por outro lado a criança e o jovem aprendem a expor suas próprias opiniões com clareza e precisão, justificando-as e provando-as, para que possam ser compreendidas e aceitas. Portanto, o trabalho em grupo aperfeiçoa as operações mentais, desenvolvendo o pensamento crítico do aluno.
  • Fazer com que o clima psicológico da sala de aula seja de liberdade e espontaneidade, o que não deve ser interpretado como um clima de laissez - faire , de caos ou indisciplina, pois o professor deve marcar sua presença, propondo atividades desafiadoras e acompanhando os alunos no processo de construção do conhecimento. Portanto, a principal função do professor é promover a atividade dos alunos, assegurados que eles atuem física e mentalmente.
  • Observar os alunos enquanto trabalham, prestando atenção na forma como agem e ouvindo suas opiniões, de modo a poder ajuda-lo na aprendizagem, quando isto for necessário. Cabe ao professor adotar uma atitude de feedback estimulando a atividade mental dos alunos e seu trabalho de descoberta e investigação, bem como reforçando positivamente as iniciativas e os esforços dos alunos, de modo a incentivá-los no processo de construção do conhecimento.

Como podemos verificar, muitas das descobertas e conclusões de Piaget tem sido aplicadas na educação, com objetivo de ajudar o aluno a desenvolver sua capacidade operativa de pensamento, isto é, a formar esquemas mentais móveis e reversíveis, que lhe permitam adquirir conhecimentos que possibilitem raciocinar em qualquer situação, como um pensamento autônomo, coerente, objetivo, crítico e criativo.


As conclusões das pesquisas de Piaget contribuíram para fundamentar alguns princípios pedagógicos adotados e proclamados pelo movimento da Escola Nova, ratificando a validade de sua aplicação.

O educador deve estar preparado e ter conhecimento sobre o desenvolvimento da criança e a fase cognitiva na qual ela se encontra, desta forma poderá compreendê-la e, quando necessário intervir de forma adequada, promovendo seu desenvolvimento de forma autônoma.

domingo, 21 de outubro de 2007

Referências Bibiográficas:

Pedrosa, C. La psicologia evolutiva, Madrid, Morava, 1976.
Freud, S. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade.In:Obras Completas, Rio de Janeiro, Imago, 1972.
Osterrieth, P.A Introdução à psicologia da criança.São Paulo, Nacional, 1962.
Wallon, H.Lá evolucion psicológica del nino.Buenos Aires, Pisque, 1974.
Piaget, J Psicologia da riança, Rio de Janeiro, Bertrand, 1989.
Gessel, A. A & Amatruda, C. Dignóstico del desarrollo normal y anormal del nino:métodos clínicos y aplicaionaes p´raticas.Buensso Aires, Paidós, 1966.
Erikson, E. H. Infância e Sociedade de Rio de Janeiro, Zahar, 1974.
Noffs, Neide de Aquino, A brinquedoteca na visão psicopedagógica.
Rosa, Jacira Pinto da Roza e Balestro, Margarida, Avaliação:Múltiplos olhares frente as novas perspectivas educacionais.
AIDT, Regina Célia Cazaux – Currículo de Didática. Ed. Ática, 1994.
BAKHTIN, In: FREITAS, Maria Teresa. Estudos qualitativos numa abordagem sócio-histórica. Juiz de Fora, 2000. (mimeo).
VYGOTSKY. L. S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Site:
http://www.se.pjf.mg.gov.br/escolas/cosette/artigos/artigo1.doc

sábado, 20 de outubro de 2007

A Brinquedoteca na Visão Psicopedagógica

A criação de espaços onde se permite que crianças de 0 a 6 anos possam se desenvolver através de situações de aprendizagem significativas.

O termo “espaço”, comumente, refere-se ao espaço físico, ou seja, aos locais para atividade, caracterizados pelos objetos, pelos materiais didáticos, pelo mobiliário, pela decoração.Encontramos o termo “ambiente” referindo-se ao conjunto do espaço físico e às relações interpessoais entre crianças, entre crianças e adultos, entre crianças e a sociedade em seu conjunto
O educador descobre que a organização dos elementos,


no espaço físico da sala de aula, deve ser feita de tal forma que facilite o acesso à criança e crie experiências significativas, atraindo seu interesse, oferecendo informações, e estimulando o emprego de destrezas, comunicando limites e expectativas.
As crianças ou usuários dos espaços são os verdadeiros protagonistas da sua aprendizagem, na vivência ativa com outras pessoas e objetos, o que possibilita descobertas pessoais num espaço onde será realizado um trabalho, individualmente ou em pequenos grupos.Aí serão colocados materiais diversificados, que traduzirão a visão da criança, do mundo e das idéias de educação que se pretende desenvolver.
A organização dos espaços na escola depende de fatores relativos ao:
Âmbito pessoal (critérios de organização, necessidades da criança, do educador) e;
Âmbito contextual (condições climáticos-lugares frios ou quentes, lugares de muita ou pouca chuva, recursos naturais e /ou artificiais no próprio ambiente ou em seus arredores, plantas, pedras, fábricas, supermercados, etc.)
Este é o caso do espaço denominado brinquedoteca, onde a variedade de matérias e sua organização sempre à disposição da exploração e manuseio, assim como a segurança , bem-estar e sensação de acolhimento possibilitam a sua utilização autônoma.Brinquedos e brincadeiras convivem em harmonia com as necessidades de afeto, de alegria, de amor e conhecimento.
As crianças aprendem através do brincar sendo, portanto, necessário prove-las de brinquedos adequados a suas reais necessidades.A biranquedoteca pode ser utilizada como um espaço para o preparo educativo da família.
Podemos observar também que esses grupos tem em comum a defesa do direito de a criança brincar e o reconhecimento do valor das atividades lúdicas visando sempre o seu desenvolvimento tendo ao mesmo tempo a preocupação de preservar a qualidade do brinquedo.
Brinquedo= objeto com que se entretêm as crianças;
Brincar= divertir-se com, gracejar;
Lúdico= divertido, engraçado, recreativo;
Ludo = jogo, brinquedo, passatempo;
Jogo = divertimento que produz alegria, passatempo, distração, esporte, exercício, baralho;
Jogar = divertimento, brincadeira, arremessar, lançar, atirar, arriscar a sorte, tomar parte de um jogo num esporte, num divertimento.


Alicia Fernandez diz:
“O saber se constrói... fazendo próprio o conhecimento do outro e a operação de fazer próprio conhecimento do outro só se pode fazer jogando.Aí encontramos uma das interseções entre o aprender e o jogar”(1990).
Pessoas quando colocadas frente a situações de aprendizagem apresentam modos, jeitos, diferentes de se apropriarem do conhecimento aqui estão a que estão sendo submetidas.
Em 20 de Dezembro de 1996, entrou em vigor no Brasil a Lei 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Nessa Lei, vemos que a educação escolar compõem-se de educação básica e educação superior.A educação básica é formada por educação infantil, ensino fundamental e ensino médio (art 21).
Onde aponta que a educação infantil é o desenvolvimento integral da criança complementando a ação da família e da comunidade.
O Ministério da Educação e do Desporto com a extensão de auxiliar os profissionais em educação infantil elaborou os Referencias Curriculares Nacionais (R.C.N) com a intenção “de que sirvam como guia de reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira”(1998:8).
O brincar, jogos e brincadeiras constam como recursos necessários na construção da identidade da autonomia infantil e das diferentes linguagens das crianças(verbais e não verbais).
Estávamos num espaço onde os brinquedos eram organizados em cantos temáticos estimulando a livre expressão, a saber: o faz-de-conta (onde tínhamos os espelhos, fantasias, pulseiras, colares, perucas, sapatos...), o canto musical (pianinho, pandeiro, chocalho e etc), o canto da leitura (gibis, livros), o das letras(escrito das crianças e o abecedário), o dos números (jogos envolvendo símbolos numéricos e a reta numerada), jogos livres(o que as crianças julgavam assim, não os identificando com nenhum item anterior) e o super mercado(latinhas de comida, frutas, bebidas).
As brincadeiras que compõe o repertório infantil variam conforme a cultura nacional, apresentam-se como oportunidades privilegiadas para o desenvolvimento infantil...Sendo uma ação que ocorre num plano da imaginação que tem o domínio da linguagem simbólica, propiciando auto-estima da criança auxiliando a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa bem como a resolução de problemas.
O papel do educador é muito importante , pois possibilita organizar este espaço respeitando o desempenho das crianças participando junto com elas.
Essa intervenção deve funcionar não como invasão, mas como parceria, compartilhando o momento através de perguntas, ações que forneçam a solução de problemas vividos, a consciência de si e do ambiente.
“Sala da felicidade, sala das brincadeiras, sala da alegria, brinquedoteca”.
Lidar com essa Sala da felicidade exige o conhecimento de como a criança aprende de como o adulto aprende, e de como foi o seu jeito de brincar durante seu percurso de vida.
Saber brincar significa socializar-se com as pessoas, comunicar-se com a realidade, garantir trocas, negociar sentimentos, conflitos, aceitar-se aprender a gostar de si mesmo apesar das diferenças.É o inicio de uma longa caminhada onde a solidariedade, o lidar com o limite sem medo de forma espontânea se tornam alavanca para um trabalho de qualidade.

Necessidades de Aprendizagem e o Papel do Professor


As crianças pequenas geralmente apresentam todas estas características, e outras em seu brincar.O brincar, como um processo e modo, proporciona uma ética da aprendizagem em que as necessidades básicas de aprendizagem das crianças podem ser satisfeitas.E necessidades incluem as oportunidades:
De praticar, escolher, perseverar, imitar, dominar, adquirir competências e confiança;
De adquirir novos conhecimentos, habilidades, pensamentos e entendimentos coerentes e lógicos;
De criar, observar, experimentar, movimentar-se, cooperar, sentir, memorizar e lembrar;
De comunicar, questionar, interagir com os outros ser parte de uma experiência social mais ampla em que a flexibilidade, a tolerância e a autodisciplina são vitais;
De conhecer e valorizar a si mesmo e as próprias forças, e entender as limitações pessoais;
De ser ativo dentro de um ambiente seguro que encoraje e consolide o desenvolvimento de normas e valores sociais.
O brincar”aberto”, aquele que poderíamos chamar de a ver situação de brincar, apresenta uma esfera de possibilidades para a criança, satisfazendo suas necessidades de aprendizagem e tornando mais clara a sua aprendizagem explícita.Parte da tarefa do professor é proporcionar situações de brincar livre e dirigido que tentem atender às necessidades de aprendizagem das crianças e, neste papel, o professor poderia ser chamado de um iniciador e mediador da aprendizagem.Enquanto, o papel mais importante do professor é de longe aquele assumido na terceira parte do ciclo do brincar, quando ele deve tentar diagnosticar o que a criança aprendeu-o papel de observador e avaliador.Eles matem e intensificam esta aprendizagem e estimula o desenvolvimento de um novo ciclo. Este procedimento aparentemente muito complexo é realizado em muitas salas de aula, atendendo às necessidades das crianças mais jovens em todo país , em um ou outro nível.O treinamento inicial e prático dos professores precisa assegurar que eles adquiram mais competência nesta área a fim de acompanhar as tendências nacionais e manter o papel vital do brincar no desenvolvimento das crianças.

Diferentes Formas de Brincar







Brincar Físico:
Motor amplo
Construção - Blocos de montar
Desconstrução - Argila/areia/madeira

Motor fino
Manipulação- Blocos de encaixar
Coordenação- Instrumentos musicais

Psicomotor
Aventura - Aparelhos de subir
Movimento criativo - Dança
Exploração sensorial - Modelagem com sucata
Brincar com objetos - Mesa de descobertas

Brincar Intelectual
Lingüístico
Comunicação/função/explicação/aquisição - Ouvir/contar histórias

Científico

Exploração/investigação/resolução de problemas - Brincar com água/cozinhar

Símbolo/matemático

Representação/faz de conta/mini mundos - Casa de boneca/casinha teatro/jogos de números

Criativo
Estética fantasia/realidade inovação - Pintura/desenho/designing/modelagem
Brincar Social/ Emocional
Terpêutico
Agressão/repressão/relaxamento/solidão/brincar paralelo - Madeira/argila/música


Lingüístico
Comunicação/interação cooperação - Marionetes/telefone


Repetitivo
Domínio/controle - Qualquer coisa

Empático
Simpatia/sensibilidade - Animais de estimação/outras crianças

Autoconceito
Papéis/emulação/moralidade/etnicidade - Cantinho da casa/"oficinas" de serviços/disccussão

Jogos
Competição/regras - Jogos de palavras/números

O Brincar Estimulante e Motivador


Acima de tudo, o brincar motiva.è por isso que aquele ele proporciona um clima especial para a aprendizagem, sejam os aprendizes crianças ou adultos.Smith(1982) afirma que o aspecto motivacional do brincar lhe dá e continuará a dar seu valor educacional.O brincar fora da escola motiva as crianças a explorar e a experimentar a casa, o jardim, a rua, as lojas, a vizinhança, e assim por diante.Ele oferece uma escala temporal mais longa e uma aprendizagem que tende a se espalhar e a prosseguir continuamente(Tizadr e Hughes, 1984), e a criança em desenvolvimento é absorvido pela situação em diferentes momentos e ritmos, de acordo com a necessidade.O brincar na escola necessariamente motiva uma aprendizagem diferente e á caracterizado por maior fragmentação e por estar compactado em segmentos de tempo.Isso, como professores, nós precisamos aceitar.Não podemos realmente não devemos, tentar reproduzir totalmente a situação do lar.Os padrões de aprendizagem em cada situação provavelmente serão bem diferentes, embora relacionados, e, ao invés de tentar copiar as condições do lar, os professores devem não apenas tentar criar vínculos para a criança mas também oferecer-lhes o ensino necessário(para o que, afinal de contas, todos os professores foram treinados)que garante a ocorrência da aprendizagem, conforme afirma Sava(1975, a.14):
O fato desenvolvimental importante é que estimular as mentes infantis, através de atividades não regularmente oferecidas em casa reforça sua capacidade cognitiva de lidar com as tarefas cada vez mais difíceis com as quais elas vão se deparar nas décadas futuras.

Representação do Mundo

Devido à pouca descriminação entre o mundo interior e o exterior, a criança acredita que os objetos do exterior foram criados pelo homem para atender às suas necessidades (artificialismo).Desse modo, por exemplo, afirma:”As montanhas foram feitas para diminuir o vento”.
Para Piaget, a brincadeira infantil é uma assimilação quase pura do real ao eu, não tendo nenhuma finalidade adaptativa.A criança pequena sente constantemente necessidade de adaptar-se ao mundo social dos adultos, cujos interesses e regras ainda lhe são estranhos, e a uma infinidade de objetos, acontecimentos e relação que elas ainda não compreende.De acordo com Piaget, a criança não consegue satisfazer todas as suas necessidades afetivas e intelectuais nesse processo de adaptação ao mondo adulto.
Assim, a criança brinca por que é “indispensável ao seu equilíbrio afetivo e intelectual que possa dispor de um setor de atividade cuja motivação não seja a adaptação do real ao real senão, pelo contrario, a assimilação do real ao eu, sem coações nem sanções[...]”(Piaget e Inhelder, 1989:52)
A brincadeira é, então uma atividade que transforma o real, por assimilação quase pura às necessidades, em razão dos seus interesses afetivos e cognitivos.
Para Piaget, nas brincadeiras de faz-de-conta(jogo simbólico) as crianças criam símbolos lúdicos que podem funcionar como uma espécie de linguagem interior, que permite a elas reviver e repensar acontecimentos interessantes ou impressionantes.
Vygotski também analisa a emergência e o desenvolvimento das brincadeiras nas relações sociais da criança com o mundo adulto.A criança passa a se interessar por uma esfera mais ampla da realidade e sente necessidade de agir sobre ela.Agir sobre as coisas é a principal forma de que a criança dispõe para conhecê-las, compreendê-las.Nesse período, ela tenta atuar não apenas sobre as coisas às quais tem acesso, mas esforça-se para agir como um adulto:quer, por exemplo, dirigir um carro ou fazer comida.
Surge, então, uma contradição entre a necessidade de agir sobre um numero cada vez maior de objetos e o desenvolvimento das capacidades físicas.Em outras palavras, surgem na criança as necessidades não realizáveis imediatamente, no dizer de Vygotski, e que se tornam motivo para as brincadeiras.Isso não significa, porém, que as crianças compreendem as motivações que as levam a brincar.

Atitude Egocêntrica


A atitude egocêntrica presente no período de 1 a 3 anos se projeta constantemente sobre o muno aquilo que vive e as emoções produzidas pelas vivências.Piaget exemplifica esse egocentrismo na resposta das crianças: ”A lua é boa porque nos ilumina e nos acompanha a noite toda a qualquer lugar aonde vamos”.A criança acredita que tudo a sua volta tem os mesmo sentimentos e pensamentos que ela, além de realizar as mesmas ações.Por isso, afirma: ”A bicicleta dorme”.
A linguagem egocêntrica manifesta-se:
Na repetição, ou seja, na reprodução de frases ou palavras sem que a criança se proponha a transferir informações;
No monólogo ou fala da criança sem dirigir-se a um personagem real;
No monólogo em grupos, ou seja, a criança fala com outras sem levar em consideração o que estas dizem, de modo que não existe diálogo.

A Idade dos Jogos


Durante a segunda infância, a criança passa a mais parte do tempo brincando.O desenvolvimento intelectuais, afetivos e da personalidade em geral está intimamente relacionado com a atividade lúdica.Há diversas teorias sobre a motivação infantil do jogo, por exemplo: o jogo permite liberar o excesso de energia, prepara a criança para a vida adulta, responde a uma necessidade de relaxamento, é um meio de descarregar tensões afetivas ou catarse, é um modo de auto-expressão.O jogo é a linguagem da criança por excelência, a ponto de representar para ela o que a palavra representa para o adulto.
Para a Psicanálise, no jogo a criança identifica-se projetivamente com seus brinquedos e dessa forma vai revelando a história de suas fantasias inconscientes.Para Freud, a criança guiada pela compulsão de repetição, repete no jogo tanto as situações prazerosas quanto as traumáticas ou dolorosas a fim de assimilá-las, de elaborá-las.
D.W. Winnicott, afirma que a criança, ao brincar, transporta-se para uma região ou zona intermediária de experiência que não é uma realidade psíquica interna, apesar de não ser também o mundo externo, ainda que fora da criança. É a região do devaneio, na qual a criança permanece acordada, na qual escolhe fragmentos da realidade exterior.
Raquel Soifer, mostra-nos que jogo estimula as fantasias, a imaginação, embora também permita conhecer a realidade exterior e penetrar no mundo dos adultos.
O jogo nessa etapa ajuda a criança a desprender-se a outras pessoas e objetos e a mundo exterior, a ligar-se a outras pessoas e objetos e a aumentar sua confiança em si mesma, pois permite-lhe avaliar suas habilidades.
Apesar de reconhecermos a importância do jogo nesse período e durante toda a infância, é preciso lembrar que brincar é um modo de se aproximar do real que permanece ao longo da vida.Pode-se observar muitas vezes que os indivíduos assumem ludicamente situações que ainda não podem encarar com compromisso total, como , por exemplo quando saem da cãs paterna para viver sozinhos parcial ou temporariamente, o que pode ser interpretado como um jogo, um reconhecimento paulatino da capacidade de autonomia e amadurecimento pessoal.
Aos 3 anos ainda predominam os “jogos solitários”e os chamados “jogos paralelas”, no quais a criança brinca ao lado de outra pelo prazer da companhia sem organização e partilha entre elas.Conversam em quanto brincam, sem se importar se os demais estão ou não escutando.Todavia, tem dificuldade em emprestar brinquedos e partilhá-los, rivalizando continuamente por eles..
A criança de 3 a 6 anos gosta muito de brincar com os pais, com os adulto ou crianças mais velhas.É uma iteração vital para aumenta sua auto-estima , sua valorização e para estabelecer um sólido vínculo afetivo com os mais velhos.É importante, porém , evitar interferir em seus jogos na medida do possível, tanto no caso do solitário quanto dos grupais, pis as interrupções injustificadas provocam frustração e agressividade.
Brincar exige meios, sejam brinquedos ou objetos da vida cotidiana, além de um ambiente apropriado.A sua oferta implica uma observação e ação inteligente por parte dos pais, de modo que na escolha dos brinquedos, devem-se levar em conta as habilidades progressivas. Devem ser evitados brinquedos que quebram com facilidade, pois é uma situação que provoca angustia, e também o excesso que pode confundir ou paralisar.é conveniente que a criança disponha de uma variedade de recursos que lhe permitam expressa sua agressão, sua necessidade de criar e reparar, de sujar-se, entre outros comportamentos lúdicos.
A educação inicial, com sua planificação de jogos e atividades e com a utilização de varados recursos materiais, favorecem a diversificação e o enriquecimento do jogo.

Estágios do Desenvolvimento Cognitivo Segundo Piaget

Estágio da Inteligência Sensório Motora: (0 - 2 anos)
Durante este período, o comportamento é basicamente motor. A criança ainda não representa eventos internamente e não "pensa" conceitualmente, apesar disso o desenvolvimento "cognitivo" é constatado à medida que os esquemas são construídos.
  • O comportamento é basicamente motor
  • Inicia com os movimentos reflexos
  • Reação Circular: todos os movimentos do bebê são assimilados aos esquemas anteriores, construindo totalidade cada vez mais amplas
  • Noção de objeto permanente
Estágio de Pensamento Pré-Operacional: (2 - 7 anos)
Este estágio é caracterizado pelo desenvolvimento da linguagem e outras formas de representação e pelo rápido desenvolvimento conceitual. O raciocínio, neste estágio, é pré-lógico ou semi-lógico.
  • Desenvolvimento da linguagem e outras formas de representação
  • Função semiótica: evocações simbólica através da linguagem e imagens mentais
  • Imitação diferida: imitação de um modelo, mesmo estando longe dele
  • Jogo simbólico ou jogo de imitação e imaginação



Estágio das Operações Concretas: (7 -11 anos)

Durante estes anos, a criança desenvolve a habilidade de aplicar o pensamento lógico a problemas concretos.
  • Caracterizado por mudanças significativas, tanto do ponto de vista afetivo como cognitivo
  • A criança desenvolve a habilidade de aplicar o pensamento lógico a problemas concretos
  • Jogo de regras
  • Desenvolvimento da socioalização e da autonomia moral e intelectual

Estágio das Operações Formais: (11 - 15 anos)

Neste estágio, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento, e as crianças tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.

  • Estruturas cognitivas do sujeito alcaçam seu nível mais elevado do seu desenvolvimento
  • As crianças tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas
  • Capacidade hipotético-dedutiva
  • Programa de vida: disciplina e possibilidade de cooperação.
O professor deverá estar fundamentando teoricamente e preparado para avaliar o estágio do desenvolvimento cognitivo que a criança se encontra. Desta forma poderá promover brincadeiras e jogos que desenvolvam sua aprendizagem de forma adequada e significativa.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Justificativa

O motivo principal que nos fez optar por fazer este portifólio on-line é ambiental.Cada vez mais o homem busca praticidade, para sua rotina de vida.
Observando um copo de leite servido proporcionou a lembrança de como era entregue há um tempo atrás.O”leiteiro” como era chamado, ordenhava suas vacas e distribuía em garrafas de vidro, e logo entregava para seus clientes de carroça e ao mesmo tempo recolhia as garrafas para reutilizar.
Agora vamos ao supermercado, encontramos o leite armazenado em pequenas caixas de material especifico, junto com mais 12 caixinhas com as mesmas quantidades embaladas por uma caixa de papelão maior, envolvido por um plástico.Após usarmos o leite, todo este material vai para o lixão (aterro sanitário) agredindo a natureza, e ocupando um espaço onde famílias poderiam morar ou até mesmo existir uma reserva ecológica.
Após esta reflexão decidimos não usar folhas impressas, pois estaremos poupando uma árvore de nossa floresta, o ar que respiramos, etc...Se cada indivíduo de alguma forma em determinado momento se dedicasse a atos de preservação ambiental, teríamos uma planeta saudável, sem aquecimento global, buraco na camada de ozônio, poluição nos rios , etc...
Outro motivo que nos incentivou a fazer este tipo de apresentação, foi o fato de termos poucos momentos para discutirmos e formalizarmos as informações sobre o assunto abordado, logo através do blog, cada participante do grupo pode acrescentar suas reflexões e experiências sobre o que as outras participantes descreveram.